Al-Mut'amid ou Almutamidar
Capítulo 6
Capítulo 6
As cegonhas iam apresentando relatórios e relatórios a Al-Mut’amid. Informavam que o grupo de artenautas ocupara, para além da Casa da Cultura Islâmica, o Torreão e o Teatro, pernoitavam em várias residências da cidade, frequentavam vários cafés e restaurantes da cidade, contudo o local que pareciam gostar mais de se reunir era o Café da Dona Rosa.
Segundo contavam, o grupo de artenautas era guiado por um artenauta-mor, também designado por mestre de cerimónia, e que, conforme as cegonhas, fora visto por várias vezes a declamar os poemas de Al-Mut’amid e a incentivar os restantes artenautas a saudar Silves. A população simpatizava com este artenauta-mor que as cumprimentava, não o conheciam mas paravam curiosas e sorridentes para com ele conversarem.
Havia também uma artenauta vestida de rainha medieval, que falava em castelhano. Al-Mut’amid ficara intrigado com esta artenauta, que parecia ser de outro tempo, ele não reconhecia a vestimenta como sendo da sua época nem do século em que se encontravam todos. O rei-poeta ainda temeu que fosse alguém perdido no tempo, mas não a conseguia identificar.